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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Em busca do Eu verdadeiro

Vivemos em um momento fantástico no nosso planeta Terra. Acredito que nunca tenha sido tão difundida a idéia de prosperidade, transformação, renovação, que impulsiona-nos para frente queiramos ou não.Também aos poucos o mundo capitalista vai abrindo a mente para a idéia do “espiritual”, que esta integrado às questões comerciais. Ainda assim a visão objetiva e prática prevalecem sobre as questões subjetivas, fazendo com que talentos e pessoas de grande potencial não tenham oportunidade de desenvolverem-se como profissionais e pessoas em si, mesmo em se tratando das instituições religiosas.


Com toda essa pressão socio-moral-intelectual que exigimos e somos exigidos, por vezes gera uma perturbação mental ao  defrontarmo-nos com essa realidade. Em certas ocasiões  percebemos o quão podemos estar distantes de alguns padrões e a angústia torna-se tão intensa que sentimos a necessidade de “ sumir do mapa” ou desviar, fugir, fingir que nada disso existe, entretanto seres inteligentes que somos, sabemos que é impossível. Percebemos que falta o direcionamento adequado para lidar com as questões que estão dentro e fora de nós. Instrução, auto-estima, força de vontade, autoconhecimento são algumas das ferramentas que podemos utilizar para lidar com todas essas circunstâncias, e as adquirimos através da instrução moral direcionadas geralmente por outros mais experientes que nós em todos os campos em que atuamos (família, trabalho, religião). Quando nos faltam essas bases morais, recorremos a um artifício mental para tentarmos “suavizar” nossa existência: as ilusões!

Cria-se a mesma com o fim de fugir da realidade, que por vezes mostra-se dolorosa. Essa dor pode derivar de preconceitos devido a padrões de conduta rígidos, que podem ser de caráter social, religiosos, profissionais, como também familiares, fazendo com que a pessoa busque adotar uma forma de vida "ideal" para sentir-se seguro e aceito no meio em que vive.

Essas condutas podem ser tanto de ordem material, seja na conquista de bens achando que dessa forma vai ter mais respeito e visibilidade; seja através do “corpo perfeito”(padrão), cargos, profissões, como também de ordem moral, mostrando-se portador de certas condutas as quais as quais não sente na intimidade.

A ilusão também pode ser criada no outro: criamos amigos, familiares, paixões ideais, como forma de atender as nossas próprias ansiedades e expectativas, geralmente por carência de alguns sentimentos que faltam internamente: segurança, bem estar, alegria, fé, conforto, etc. Existe também a auto-ilusão: quando sentimos vergonha do que somos, baseados nos padrões, ou quando percebemos que o outro tem qualidades as quais temos consciência que não temos ainda na intimidade, e que são respeitadas e veneradas por todos ( raciocínio rápido, mediunidade, capacidade de amar, de ser feliz diante de circunstâncias adversas, etc). Querendo também sentir a sensação de bem estar que causa no outro, deixamos de observar qual foi a caminhada que o mesmo percorreu, e buscamos apenas as sensações pelo caminho que achamos mais fácil, porém doloroso, que é a idealização de nós mesmos, ou seja, vivemos um “eu ideal” as invés do “real”.

Torna-se doloroso esse tipo de conduta, pois causa um sentimento de hipocrisia, pois não conseguimos esconder a verdade de nós mesmos, além do conflito com o eu real (defeitos vícios, sentimentos tanto negativos quanto positivos, muitas vezes desconsiderados por não serem “ tão bons” quanto o do outro), com o eu ideal e com o eu crístico, ou seja, aquele ser que ainda esta em processo de formação (superconsciente).

Encarar a realidade e a si mesmo não é tarefa fácil, visto os séculos que estamos caminhando na vida em busca da felicidade e auto-realização, algumas vezes de forma equivocada, sempre sujeitos a lei de causa e efeito a qual ainda estamos subordinados pelo nosso estágio evolutivo, porém é a melhor maneira de viver uma vida plena com prazer e alegria, mesmo que ainda sob conflitos que fazem parte da nossa experiência. Sentimento de culpa, remorso, raiva de si não vão atenuar nossa situação, independente qual o grau do engano que comentemos, até porque quem está em condições de avaliar qual o grau de nossas faltas? Que é esse grau?

Buscar a felicidade de maneira responsável, respeitando os valores inerentes a vida humana depositados nas leis naturais é a nossa meta. Em nosso estado atual de evolução é natural que cometamos falhas e enganos. Com a experiência adquirida em cada situação,  aliada a uma compreensão de si sem as mascaras da ilusão e o desprendimento de padrões engessados, conseguiremos a cada dia a paz de espírito necessária para conduzir nossa existência com prazer, equilíbrio e de forma proveitosa para nós e o outro, com a consciência que não nos tornaremos “ santos” de um dia para o outro, e nada nos impede de começarmos isso agora, em busca de nós mesmos.

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